segunda-feira, 30 de junho de 2014

2 - Os Passos de Deus no Santuário - Panorama Geral do Santuário



Panorama Geral do Santuário

Vamos ter um tema introdutório sobre o santuário, possivelmente para os irmãos adventistas, muita coisa que vamos falar já é conhecido, mas tem muitas pessoas que ainda não sabem, e por isso vamos ver um pouco sobre o assunto e alguns aspectos básicos.
Em primeiro lugar vamos responder a uma pergunta. Quão importante é o santuário?
Vamos ler uma citação do Espírito de Profecia, e para quem não sabe a igreja adventista foi abençoada por Deus com a voz profética em tempos modernos. Deus levantou uma mulher extraordinária, uma mulher que recebeu visões do Senhor, visões que estão em perfeita harmonia com a palavra de Deus, o nome dela é Ellen White e ela morreu em 1915. Assim que vamos ler algumas citações sobre os seus escritos, não porque apresenta algo novo que não tem na bíblia, mas que ela expressa de uma forma clara, consistente e enfática o que já está na palavra de Deus.


Diz ela o seguinte quanto a doutrina ou ensinamento do santuário as seguintes palavras.
Cristo em Seu Santuário pág. 7

“A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé.”
(Cristo em Seu Santuário pág. 7)

Qual é o alicerce ou fundamento de nossa fé? Vou repetir.

“A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé.”

Quão importante é o alicerce de um edifício? Suponhamos que um local houvesse sido construído sem alicerces o que já teria acontecido? Já estaria tudo derrubado.
Assim que, o alicerce da fé adventista, o alicerce da fé bíblica, se encontra em uma compreensão correta quanto ao ministério de Cristo no edifício que se chamava santuário. E já vamos explicar o que era o santuário.
Mas vamos ler mais algumas citações.
Cristo em Seu Santuário pág. 14

No futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés.
(Cristo em seu Santuário pág. 14)

Vejam que no primeiro texto ela diz que a doutrina do santuário é o alicerce e agora ela diz que no futuro irá surgir enganos e precisamos de terreno firme para nossos pés. Ela continua:

Queremos colunas sólidas para a edificação. Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor estabeleceu. O inimigo introduzirá falsas teorias, tais como a doutrina de que não existe santuário. Esse é um dos pontos em relação ao qual haverá um desvio da fé.
(Cristo em seu Santuário pág. 14)

E isso nós vemos hoje na igreja adventista. Muitos adventistas, não de fora, senão de dentro, negam a existência de um santuário no céu de onde Cristo Jesus ministra em nosso favor. Fiquem sabendo que por mais que neguemos a doutrina do santuário temos uma citação nos diz que as hostes do inferno não poderão prevalecer contra a doutrina bíblica e cristã do santuário. Vamos ler esta citação no livro Evangelismo pág. 223
Diz assim:
Nossa fé no tocante às mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos era correta. Os grandes marcos pelos quais passamos são inamovíveis. (Que não se pode mover) Conquanto os exércitos do inferno (satanás e seus anjos) intentem derrubá-los de seu fundamento, e exultar ao pensamento de que tiveram êxito, não atingirão o seu objetivo. Estes pilares da verdade permanecem tão firmes quanto os montes eternos, impassíveis ante todos os esforços combinados dos homens e de Satanás e seu exército. Muito podemos aprender, e devemos estar constantemente pesquisando as Escrituras para ver se estas coisas são assim. Deve o povo de Deus ter agora os olhos fixos no santuário celestial, onde se está processando a ministração final de nosso grande Sumo Sacerdote na obra do juízo - e onde está intercedendo por Seu povo. (Evangelismo pág. 223)
A doutrina do santuário é a doutrina mais importante da bíblia e sem dúvida é uma das doutrinas menos compreendidas e mais mal entendidas da sagrada escritura. Hoje nós queremos falar sobre o santuário e vamos falar do santuário durante todo o decorrer deste estudo. Agora vamos fazer uma pequena revisão para aqueles que não conhecem o santuário. Vamos falar primeiro dos templos de Deus, e depois vamos falar o que tinha nos templos de Deus.
O santuário era um edifício que Deus mandou o povo de Israel construir no antigo testamento. Provavelmente vocês sabem que o povo de Israel foi tirado da terra do Egito. E andaram pelo deserto durante um período de 40 anos. Estavam a todo instante se mudando, a todo instante se movendo. Por esta razão Deus não lhes deu um santuário ou um templo com alicerces que ficava em um lugar especifico. Por razões praticas para que o povo pudesse mover-se e recorrer a tenda de reunião ou santuário em suas viagens, Deus mandou Israel fazer uma tenda. Sabem o que é uma tenda não sabem? Vamos então explicar como era esta tenda.
Usem sua imaginação enquanto descrevemos este santuário no deserto que o povo carregava por toda parte e onde descia a glória de Deus. Deus se encontrava com o povo neste santuário.
Este santuário tinha um pátio que não tinha teto. Um pátio aberto, e no centro do pátio se encontrava uma tenda. O pátio estava cercado de uma cortina de cor branca, sustentada por pilares de cerca de 2,5 metros de espaço entre eles e uma altura de 2,5 metros, e tinham suas bases de bronze e a parte de cima de prata. E este cercado branco cercava um edifício menor que se encontrava no meio do pátio.
Este edifício que se encontrava no meio do pátio se dividia em duas partes, a primeira parte era duas vezes maior que a segunda parte. A primeira parte se conhecia como o lugar Santo.
Ou seja, esta tenda que ficava no centro do pátio era dividida em duas partes, estava cercada por uma cortina, tinha um teto, e dentro deste edifício, com paredes, com cortinas, dentro estava dividido em dois cômodos, e o primeiro cômodo era duas vezes maior que o segundo cômodo, o primeiro cômodo se chamava, lugar santo, e o segundo cômodo se chamava lugar santíssimo do santuário, ou santo dos santos.
Este átrio ou pátio e este edifício que ficava dentro do pátio tinha certos móveis e é muito importante notarmos a ordem dos móveis.
No pátio havia dois móveis o primeiro que nós encontramos que ficava logo após a porta do santuário. E diga-se de passagem a porta do santuário ficava virada para o oriente ou leste, e vou dizer o porquê ficava virada para o leste. Porque quando as pessoas adoravam no templo davam as costas para o sol. Veja que a entrada ficava para o leste o lado onde nasce o sol. E quando eles adoravam no templo o sol ficava nas costas do povo. Era costume de todas as nações pagãs desta época adorar a seus deuses olhando para o sol e o maior de seus deuses, acreditavam eles, era o deus sol. Mas Deus não queria que seu povo adorasse o sol, nem ao menos outro ídolo e, portanto Deus disse, faça a entrada do santuário para o oriente, e quando adorarem, adorem virados para  o oeste, ou seja na entrada do tabernáculo de tal maneira que tenham o sol as suas costas, e sabem vocês que hoje em dia, embora muitos não estejam adorando o sol estão adorando o dia que foi dedicado ao sol unanimemente na antiguidade, o primeiro dia da semana, o domingo, era o dia dedicado na antiguidade por todas as nações pagãs inclusive dos seguidores de baal adorava o deus sol.
Assim que, quando as pessoas chegavam ao santuário havia uma entrada, uma porta que dava acesso a porta ao pátio, e quando chegava ao pátio o primeiro móvel que encontravam era um altar. Conhecido como altar de sacrifícios, tinha 1,40 metros de altura e é bem provável que ficasse em uma rampa de 3 metros para que se subissem com os animais, ali se sacrificava cordeiros, ali se sacrificavam carneiros, vacas, cabritos, cabras, e toda classe de animais, mas saibam de uma coisa, jamais se sacrificavam ali animais imundos segundo a definição bíblica. Todos os animais que se sacrificavam no altar eram animais limpos segundo a definição bíblica. Com os pagãos não era assim, o animal favorito que ofereciam aos seus deuses eram os suínos, os porcos. E alguns podem dizer, mas porque é tão ruim assim os porcos? Porque a bíblia diz, que os porcos são exatamente isso, porcos. Não sei se você já percebeu mas o nome deste animal indica o que ele é. Chama-se porco. O que mais precisamos para saber que este animal não é para consumo humano que o próprio nome dele?
Não se oferecia animais imundos sobre o altar, porque os sacrifícios representavam a pureza de Cristo Jesus. Os pagãos ofereciam sobre o altar animais imundos, ofereciam aves imundas, porcos, e diferentes classes de animais que a bíblia diz que são classe de animais imundos. Não é assim com Deus.
Assim que, esse altar que ficava na entrada do átrio, nele se encontrava o altar onde se derramava o sangue dos animais. Agora não vou dizer o que representa tudo isso, mas quero apenas que tenham uma ideia, uma imagem mental porque vamos falar sobre isso durante toda a série de estudos.
Logo na entrada, um pouco mais adiante, diga-se de passagem, no tabernáculo só podia entrar os sacerdotes, o povo de Israel podia chegar até o altar, mas não podia ir mais adiante que isso, os sacerdotes podiam entrar no lugar santo, mas só o sumo-sacerdote podia entrar no segundo cômodo que se conhecia como lugar santíssimo. Então, o primeiro móvel era o altar onde se sacrificavam os animais, se caminhava um pouco no pátio perto da tenda de reunião, perto do santuário, e se encontrava um móvel que se chamava pia ou bacia, ou fonte, a razão pela qual se chamava fonte é porque ali havia água, nós vamos ler os versos sobre este assunto no decorrer do estudo. O sacerdote depois de fazer o sacrifício no altar, antes de entrar no tabernáculo, lavava primeiro as mãos na parte de cima da fonte. A fonte tinha duas partes, tinha a parte de cima e uma parte de baixo com agua. E o sacerdote chegava e se lavava. Lavava as mãos e depois lavava os pés, porque devia estar plenamente puro e limpo antes de entrar no tabernáculo ou tenda de reunião, como chama as sagradas escrituras.
Está claro o que era o átrio, o pátio do tabernáculo? O pátio era que cercava o pátio? Uma cortina de cor branca. E era suspensa por colunas do que? Bronze, com bases de bronze, e com a parte de cima de prata. Quando entravam pela porta que ficava para o lado leste, o primeiro móvel que encontravam era o altar de sacrifício, onde se sacrificavam os animais e se derramava seu sangue. E como o sacerdote ficava sujo, depois de sacrificar os animais e colocá-los sobre o altar, ia depois para um lugar que se chamava pia, onde lavavam as mãos e os pés. Para poder entrar no tabernáculo limpo.
Agora vamos imaginar o tabernáculo em si. Ou tenda de reunião.
Era um edifício fechado por cortinas e um teto. E nós não vamos falar hoje sobre o teto mas vou mencionar que o teto tinha quatro cores. Na realidade tinha quatro tetos, cada um com diferentes cores, e cada um destes aspectos tem algo a nos ensinar. Quando o sacerdote entrava pela porta da tenda, o primeira coisa que encontrava do lado esquerdo, lado sul, pois o oriente (leste) era a entrada. Quando entrava pelo leste, o sul ficava a esquerda e o norte a direita. Quando ele entrava encontrava do lado esquerdo um candelabro, que tinha sete braços, sete lâmpadas. Tinha um braço central e três de cada lado. Não vamos falar agora sobre o que representa o candelabro, vamos deixar para um estudo futuro, pois tem uma luz preciosa sobre este assunto. Logo quando olhávamos para a esquerda víamos este candelabro, ou candeeiro com suas sete lâmpadas, que ardiam continuamente.
Então olhávamos para o lado direito, ao norte e do lado direito encontrávamos uma mesa, que se conhecia como a mesa dos pães da proposição. Isso significa no idioma hebraico, idioma original do antigo testamento, a mesa dos pães da presença. Porque os pães estavam na presença do Senhor.
E na realidade essa mesa tinha duas mesas, tinha uma mesa em cima e logo uma mesa menor um compartimento. Na mesa de cima, tinha doze pães. E estes doze pães eram colocados sobre a mesa, frescos, quentinhos, cada sábado. Este é um detalhe importante que devemos lembrar. E os pães velhos da semana anterior, os sacerdotes comiam no sábado. E no sábado colocavam sobre a mesa pães frescos, pães quentinhos. E o que tinha na mesa de baixo? Na mesa de baixo ou no compartimento. Havia suco puro de uva. Este é um detalhe importante que na bíblia é chamado como libação. E em baixo se colocavam os utensílios, os pratos, os copos para servir a libação, ou seja para servir o vinho. Que interessante, para aqueles que são adventistas. O sacerdote lavava pés e logo entra no santuário e participa do pão e do vinho o que isso nos lembra? Nos lembra da instituição da Santa Ceia. Quando nós os adventistas lavamos os pés antes da Ceia do Senhor, estamos seguindo a ordem que Deus deu no próprio santuário.
E logo depois de olhar ao norte onde ficava a mesa dos pães da proposição olhava-se para frente e antes de chegar ao segundo cômodo que era dividido por uma cortina do lugar Santo. Tinha ali um móvel que se chamava altar de incenso.
No altar de incenso duas vezes ao dia, de manhã e à tarde, o sacerdote trazia o sangue do cordeiro ou do animal que era sacrificado e o misturava com incenso. E ao misturar o sangue do animal com incenso a fumaça subia e passava por cima da cortina que dividia o lugar santo do santíssimo, esta cortina não alcançava o teto, havia um espaço entre a parte de cima e o teto, de tal maneira que quando se misturava o sangue do sacrifício com o incenso subia a fumaça e a fumaça passava por cima da cortina e entrava na presença do Senhor Jeová que se manifestava no lugar santíssimo.
Vamos repassar o que vimos então no lugar santo:
Quando o indivíduo entrava pela porta do tabernáculo de reunião o que encontrava do lado esquerdo? Quando entrava e olhava ao sul do lado esquerdo se encontrava o candelabro que tinha quantos braços? Sete braços. E estas luzes ardiam continuamente. E depois se olhasse para a direita, o norte, víamos a mesa dos pães da proposição. O que significa os pães da proposição? Pães da presença, porque ali se manifestava a presença de Deus. Quantos pães havia sobre a mesa? Doze pães. Representando as doze tribos de Israel e mais alguma coisa que vamos falar no decorrer do estudo. Que dia se trocava os pães? No sábado, e então os sacerdotes comiam os pães velhos e se colocava os pães novos. O que tinha em baixo da mesa? Outra mesa ou compartimento onde havia, vinho, o suco de uva sem fermentar. Notem que o pão em cima da mesa não tinha fermento, porque na bíblia o fermento significa pecado. Se o pão em cima da mesa não tinha fermento, ou seja não era fermentado. Então o vinho que representa o sangue precioso de Cristo tão pouco poderia ser fermentado.
E sem dúvida vocês encontraram hoje em dia que a maioria das igrejas quando se celebra a ceia do Senhor ou a eucaristia se usa vinho fermentado, corrompido. E sabem que nós vamos estudar isso mais adiante, em Levíticos 10 onde diz que os filhos de Arão eram sacerdotes, e entraram uma vez no santuário e levaram fogo estranho. De onde vinha o fogo que caia no altar de sacrifício no pátio? O fogo caia de Deus, e vamos estudar sobre isso também. Cada sacrifício de manhã e da noite o sacerdote orava a Deus e caia fogo do céu como nos dias de Elias para consumir o sacrifício. Ou seja, o fogo se originava de Deus. Mas parece que Nadabe e Abiú em vez de orar para que o fogo de Deus viesse sobre o sacrifício, eles acenderam o fogo de outra forma, com “fósforo”, dois pedaços de madeira, etc. Fato é que levaram fogo que não caiu de Jeová, que não caiu de Deus.
Porque que estes sacerdotes fizeram algo tão terrível como levar fogo estranho dentro do santuário? Se vocês lerem Levíticos 10 vão ver que Nadabe e Abiú estavam tomando vinho e estavam bêbados e não sabiam o que estavam fazendo.
O que indica isso é que se vocês lerem Levíticos 10, Deus disse que o sacerdotes não deviam beber, em nenhum momento licor ou vinho fermentado para entrar no santuário. O que indica que este vinho que estava de baixo da mesa não podia ser fermentado, porque Deus deu a ordem depois de Nadabe e Abiú de que não deviam beber vinho fermentado.
E então chegamos a cortina que divide o primeiro cômodo do segundo cômodo. E os sacerdotes entravam uma vez por ano ali. Entravam no átrio todos os dias, entravam no lugar santo todos os dias. Mas no santíssimo entrava uma vez por ano. No lugar santíssimo encontrava-se somente um móvel.  Este é um detalhe muito importante, pois o móvel tinha várias coisas dentro, mas era apenas um a arca do pacto, arca da aliança ou arca do testemunho. A razão pela qual se chama arca do pacto é porque dentro tinha os dez mandamentos, que eram as condições do pacto. A lei de Deus é a condição que Deus coloca para nós.  Ele diz eu dou os meus mandamentos e Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E vós sereis Meus filhos e Eu serei para vocês um Pai. (João 14).
A primeira coisa que tinha dentro da arca era os dez mandamentos. Em cima da arca tinha uma tampa que era conhecida como propiciatório, e era o lugar onde o sumo-sacerdote espirrava o sangue uma vez por ano no dia da expiação. Era o lugar onde descia o Shekinah, a glória de Deus.
Vocês lembram que Israel era guiado por uma coluna de fogo? De dia era a nuvem e de noite era o fogo. Para que de noite esquentasse o povo do frio do deserto e de dia protegia como um teto enquanto o povo caminhava para que não passasse calor.
Quando o povo parava e armava a tenda de reunião, vamos ler na bíblia que essa coluna vinha em cima do tabernáculo e se baixava no tabernáculo e entrava no lugar santíssimo, em cima do propiciatório. Ou seja, o propiciatório, a tampa da arca representa o trono de Deus, onde Ele se senta. E embaixo de Seu trono está Sua lei. Qual é o fundamento do governo de Deus? Sua lei. Mas dentro da arca tinha mais duas coisas.
Primeiro, tinha dentro da arca um pouco de maná. Lembram que falamos um pouco já sobre o maná? Que o povo reclamou dizendo estamos cansados deste pão vil. Somente pão, pão, pão. Queremos carne, carne, carne. Logo eles diziam que se lembravam das cebolas, carne, etc. que tinham no Egito. Estavam cansados, e pediram carne e Deus mandou para eles codornas. Deus disse, está bem aqui tem carne. E diz a bíblia que comeram tantas codornas que se envenenaram e houve muita morte no meio do povo de Israel, havia um pote de maná dentro da arca, o pão que Deus enviou do céu por 40 anos. Sete dias na semana não é verdade? Na verdade eram seis dias. Não caia o maná aos sábados. E por quê? Porque as pessoas não deviam buscar seu pão de sábado nas sextas-feiras. Deveriam recolher o dobro. Quando recolhiam o dobro na sexta-feira não estragava a quantidade a mais que pegavam ao passo que se pegassem de quarta-feira ou outro dia a mais, estragava. Interessante.
O maná que Deus mandou do céu caía seis dias na semana e no sétimo dia deviam comer o que recolhiam em dobro na sexta-feira. O que simboliza o que diz na sagrada escritura que nós não devemos sair para trabalhar, para procurar nosso pão no sábado, no sétimo dia. Aqui não diz que era no domingo que não caía maná, no primeiro dia da semana, não, no primeiro dia caía como nos demais dias. Sábado era do dia que não caía maná. E assim havia um pouco de maná dentro da Arca da Aliança.
Havia outra coisa dentro da arca, o que era? A vara de Arão que floresceu.
Eu não sei se você caminha com uma bengala. Mas vocês acham que este bastão de madeira, essa bengala produziria flores? Claro que não. Só por Deus mesmo. Pois naturalmente se vocês pegarem esta vara, que é um galho morto que foi tirado de uma arvore, e fizeram uma bengala para caminhar é claro que não produz flores. E a bíblia diz que a vara de Arão sem estar na terra produziu flores, flores de amêndoas. Que milagre tremendo. E essa vara de Arão que floresceu foi também colocada dentro da arca, segundo o livro de Hebreus 9:1-4.
Assim que, no lugar santíssimo existia quantos moveis? Um móvel apenas. E quantas coisas tinha dentro deste móvel? Três. E qual era o primeira coisa que se encontrava? A lei de Jeová, os Dez Mandamentos. A segunda coisa que se encontrava era o maná. E a terceira coisa era a vara de Arão que floresceu.
Você já tem um quadro claro do que era o tabernáculo no deserto? Você tem em sua mente um quadro claro do que era o tabernáculo? Muito bom eu creio que a maioria das pessoas tem um conceito claro. Vamos repassar, estamos aqui para aprender e não para pregar. Por isso repetimos, e repetimos. A repetição é o que nos faz aprender. Aprendemos através da repetição. Os professores fazem os alunos memorizar as coisas de maneira que nunca mais esquecem. Como os nomes dos planetas, preposições, tabuadas, países, estados. É assim que é colocado na mente, através da repetição.
Vamos repassar:
O edifício tinha um pátio que era cercado por uma cortina de cor branca, com colunas com bases de bronze e topo de prata. Quando se entrava para o pátio, o pátio não possuía teto. Entrava-se pela porta e o primeiro móvel que se via era o altar de sacrifício. Ali eram sacrificados animais limpos, cabras, cordeiros, carneiros, e diferentes classes de animais limpos. E se avançava um pouco mais e se encontrava a fonte ou a pia. E quantas partes tinha a pia? Duas. A parte de cima era para o sacerdote lavar as mãos. E a parte de baixo lavava os pés. E o lavar os pés e mãos dos sacerdotes representa o lavar os pés e mãos antes da Santa Ceia.
E então a pessoa entrava no primeiro lugar, no primeiro cômodo que era o dobro de tamanho do segundo, do lugar santíssimo. Entrava e quando olhava para esquerda o que via o candelabro que tinha seis braços? Tinha sete braços. E ardia por quanto tempo? Continuamente. E logo se olhava para direita e se via uma mesa com os pães da preposição e tinha quantos pães? Doze pães. Que representava as doze tribos de Israel e vamos descobrir também que representa a Cristo. Embaixo da mesa tinha outra mesa ou compartimento e se encontrava vinho, vinho puro sem fermento porque o pão não tinha fermento e portanto o vinho tão pouco poderia ter fermentação. E quando se entrava mais encontrava o terceiro móvel e como se chamava o terceiro móvel?  Altar de ouro, ou altar de incenso. E o que o sacerdote misturava ali? Sangue com incenso. Você alguma vez já sentiu o cheiro de sangue queimado? Já sentiu? É terrível e quase insuportável o odor de sangue puro queimado. Por essa razão encontramos que o sangue era misturado com incenso para que o cheiro como diz a bíblia seja agradável a Deus. Quantas vezes ao dia se misturava o sangue com incenso? Duas vezes, de manhã e à tarde antes do sol se por. E logo então uma vez por ano o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e havia ali apenas um móvel, a Arca da Aliança. Porque tem este nome? Porque dentro se encontrava as tábuas dos dez mandamentos. Tabuas do pacto, da aliança. E ao lado dos dez mandamentos o que havia? Um pote de maná. E do outro lado se encontrava a vara de Arão que floresceu. Quantos tem uma imagem clara do santuário agora? Se você não tem uma imagem clara, é impossível continuar, porque tudo o que vamos falar durante o estudo é com base no santuário.
Agora vamos falar rapidamente dos templos de Deus. Recordem que estamos fazendo uma introdução ao santuário apenas. Falemos sobre os templos de Deus.
O primeiro templo que Deus mandou fazer aqui na terra foi o tabernáculo no deserto o que acabamos de descrever. Mas Israel deixou de caminhar pelo deserto e se estabeleceu na terra de Canaã. E era necessário construir um templo permanente, porque Jerusalém chegou a ser a capital de Israel. Se estabeleceram e essa cidade e era a capital do reino. Portanto eles guardaram o tabernáculo do testemunho e Salomão construiu um templo. E já este não era um templo móvel, era um templo com fundamentos.  Com paredes de pedra, e preciosos adornos, madeira preciosa, pedras preciosas, ouro, prata, pedras preciosíssimas, um edifício majestoso, incomparável na história do mundo.
E assim Deus mandou Salomão fazer o templo, que na realidade parecia o tabernáculo no deserto, mas com uma diferença, é que o templo de Salomão era maior. Por exemplo, ao invés de uma mesa de pão, tinha dez. Em vez de um candelabro tinha dez. O altar de sacrifício que era baixo e quadrado no tabernáculo no deserto. Diz a bíblia que o sacerdote tinha que subir umas escadas para chegar ao altar de sacrifício. O templo de Salomão era muito maior, era feito proporcionalmente muito maior, era o mesmo, mas maior. Hoje temos mapas que são assim, feitos de acordo com a proporção e assim foi feito o templo de Salomão.
Mas o povo de Deus caiu em apostasia, e veio o rei Nabucodonosor e o livro de II Reis 25 diz que Nabucodonosor destruiu o templo de Salomão e levou o ouro, a prata, levou as pedras preciosas, levou também o povo e os sacerdotes, o templo foi destruído. E depois de 70 anos de estarem em Babilônia o povo regressou a sua nação, por permissão do rei da Medo-Persa chamado Ciro e então o rei Dario outro rei da Medo-Persa que veio depois da Babilônia. E diz a bíblia que do ano 520 AC até o ano 515 AC antes de Cristo começaram a edificar o templo.
Finalmente no ano 515 AC terminaram de construir o templo. A Arca da Aliança já não estava neste templo, porque a arca foi escondida no tempo de Jeremias antes que Nabucodonosor viera para tomar a cidade e o templo. Os sacerdotes não queriam que esta arca caísse em mãos de incircuncisos e pecadores babilônicos.

“Antes do templo ser destruído, Deus fez saber a alguns de seus fiéis servos o destino do templo, que era o orgulho de Israel, e por eles referido por idolatria, ao mesmo tempo que estavam pecando contra Deus. Também lhe revelou o cativeiro de Israel. Estes homens justos, exatamente antes da destruição do templo, removeram a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, e com lamento e tristeza esconderam-na numa caverna, onde devia ficar oculta ao povo de Israel por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta, jamais foi perturbada desde que foi escondida”
(Spiritual Gifts, vol. 4, pp. 114, 115 (1864); Spirit of Profecy, vol. 1, p. 414, (1870); História da Redenção, p. 195.)

“Entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis, a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, sobre a qual haviam traçado os preceitos do decálogo.
Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esconderam a arca numa caverna onde deveria ficar oculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. “Jamais foi perturbada desde que foi escondida.” (Profetas e Reis, p. 436 (1989). Grifos acrescentados.)

Quando se dedicou este templo, diz a bíblia que os anciãos que haviam conhecido o templo de Salomão já estavam velhinhos tinham 70, 90 e possivelmente 100 anos, as pessoas viviam mais nesta época, e diz que alguns que estavam velhinhos e tinham conhecido a glória do templo de Salomão, quando viram este templo, choraram amargamente, e no livro de Ageu 2 disseram, “o que é este templo em comparação com a glória do templo de Salomão, este templo não é nada em comparação com o templo que Nabucodonosor destruiu.” Ageu 2:3, diz:
Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?

Quando Deus viu os anciãos chorando porque o templo era muito mais comum e feio que o templo de Salomão, Deus disse ao povo, calem-se e deixem de chorar, eu quero dizer que este templo será maior em glória do que o templo de Salomão. Ageu 2:9 diz:
 9 
A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.

E os judeus até hoje tentam entender esta declaração. Sabem porque este templo apesar de não ter as pedras preciosas, o ouro e a prata e todas estas coisas, porque razão este templo teria maior glória que o templo de Salomão? Porque neste templo, caminhou Cristo Jesus durante Seu ministério terrenal. Neste templo Cristo entrou e purificou, este templo foi abençoado pela presença do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Foi abençoado pelo Intercessor que intercede no céu ante o altar de Incenso, foi abençoado pela presença dAquele que desempenha o juízo no lugar santíssimo desde 1844 em diante, foi abençoado por Quem acompanhou Israel no antigo testamento.
Sim meus amigos e irmãos, este templo era mais glorioso, porque Cristo Jesus, a glória do Pai veio e se fez presente e ensinou no átrio do templo.
Mas o povo de Israel rejeitou a Cristo, vocês lembram-se da história, quando o Senhor Jesus Cristo morreu sobre a cruz do calvário suas últimas palavras foram, “está consumado, em tuas mãos entrego o meu espírito” e quando Cristo disse isso o que aconteceu? Diz a bíblia que o véu entre o lugar santo e o santíssimo se rasgou de baixo para cima? Não. Se rasgou o véu desde cima até em baixo. (Mateus 21:51)
Gostaria de perguntar se vocês rasgam uma cortina rasgam de cima para baixo ou de baixo para cima? De baixo para cima, é muito mais fácil. Mas diz as sagradas escrituras que quando Cristo disse, “está consumado, em tuas mãos entrego o meu espírito” essa cortina se rasgou de cima para baixo. Significa que foi uma obra sobrenatural de quem? Uma obra sobrenatural do Senhor Jeová. O que Deus quis dizer com isso? Quis dizer que o serviço do santuário na terra foi concluído. Foi concluído o serviço do santuário, não precisamos mais de sacerdotes terrenais, não precisamos mais de altar terrestres para sacrificar cordeiros terrenais, não precisamos mais de uma pia com agua literal para o sacerdote se limpar, não precisamos de um candelabro literal, pães literais, de altar de incenso literal. Porque o que representava todas estas coisas, está presente agora aonde? No santuário celestial.
Meus amigos e irmãos, hoje tem um templo, e este templo está no céu semelhante ao modelo apresentado aqui na Terra. A única razão pela qual Deus deu este tabernáculo na Terra, o templo de Salomão, o templo no qual Jesus andou, a única razão pela qual Deus deu estes modelos foi para que pudéssemos compreender a obra de Cristo na Terra. E para que pudéssemos compreender sua obra e sua tarefa no verdadeiro tabernáculo celestial.
Vamos falar rapidamente da relação que existe do santuário terrenal e do santuário celestial.
Deus não pode ser contido, não cabe em um edifício. Bom mas Deus não se manifestava dentro do lugar santíssimo do tabernáculo? Sim. De alguma forma ele se manifestava com Sua Glória ali. Mas segundo vários textos bíblicos, nem mesmo os céus podem conter a Deus. Vamos ler.
Vamos buscar na bíblia, 1Reis 8:27-30:

 27 
Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado.

 28 
Volve-te, pois, para a oração de teu servo, e para a sua súplica, ó SENHOR meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo hoje faz diante de ti.

 29 
Para que os teus olhos noite e dia estejam abertos sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar.

 30 
Ouve, pois, a súplica do teu servo, e do teu povo Israel, quando orarem neste lugar; também ouve tu no lugar da tua habitação nos céus; ouve também, e perdoa.

Onde habita Deus? Nos céus, e habitou em figura no templo terrenal.

Agora vamos ilustrar para que possamos entender a relação do santuário celestial e do santuário terrenal. Deixe eu dizer que o santuário celestial não é exato como o santuário do deserto ou o templo de Salomão, é muito maior e muito mais glorioso e é imenso para conter a Deus.
Então porque Moisés deveria fazer tudo conforme o modelo mostrado no monte? Acaso Deus não estava mostrando o santuário celestial e Moises não deveria fazer a cópia do santuário celestial? A resposta é não.
O que Deus mostrou a Moisés no monte foi um modelo do santuário celestial, uma maquete do santuário celestial. Não mostrou o santuário celestial, mas mostrou uma cópia do santuário celestial para que fizesse em escala comparado com o santuário celestial.
O que é uma maquete? Quando vão fazer um edifício, para ver como ele vai ficar fazem uma maquete, um modelo em miniatura do edifício. E vocês podem saber mais ou menos como vai ser o edifício olhando para a maquete? Claro que sim. Mas o que é mais real, a maquete ou o edifício? O edifício.
Algumas pessoas dizem que no céu não existe um santuário real e verdadeiro, não existe um santuário material. Isso pode ser possível? O que é mais real, a maquete ou o edifício terminado? O edifício terminado.
Agora com o santuário celestial é diferente, porque quando fazemos uma maquete para poder entender o projeto que vai fazer, Deus deu a Moisés uma maquete para mostrar o edifício que já existia no céu. Não é que Deus fez uma maquete e disse a Moisés, olha é assim o edifício que Eu vou fazer. Não. Deus mostrou a Moisés a maquete ou o modelo e disse, olha Moisés assim é em miniatura, o santuário celestial glorioso, grande formoso que não pode na realidade conter a Deus.
É como uma foto. Tiram um retrato de uma pessoa de corpo inteiro, grande ou pequena é a pessoa no retrato. Alguém pequena pode ser a própria foto? Não. O que é a foto? É um modelo em miniatura que nos ajuda a conhecer a pessoa, mas é um modelo em miniatura de algo que é muito maior.
Assim é com o santuário celestial. Deus de certa forma tirou uma foto. Digo isso apenas para que possamos entender, não é que Deus realmente tirou uma foto, e sim fez uma maquete. Mas suponhamos que Deus tirou uma foto e então levou a foto sobre o monte e disse, olhe Moisés assim é que eu quero que você faça meu tabernáculo. Estão entendendo? O santuário terrenal, era um modelo em miniatura, era uma maquete, uma ilustração pequena de algo no céu que é imensamente mais glorioso, maior, e mais poderoso do que nós podemos imaginar com nossas mentes finitas.
Quão importante é nós compreendermos o santuário? Permita-me dizer que se nós não compreendermos o santuário, não vamos entender a bíblia. Porque o santuário se encontra em todas as páginas da escritura. O que vamos falar depois poderemos entender muito melhor a luz do santuário. Não podemos entender o livro de Daniel sem o santuário, porque o livro de Daniel está saturado de santuário, fala do sacrifício contínuo, do sumo sacerdote, da verdade que caiu por terra, do sábado que caiu por terra, da lei que caiu por terra, do anticristo que derruba tudo o que está no santuário.
Não podemos entender tão pouco o livro de Apocalipse sem o santuário. Porque cada cena do livro de Apocalipse, cada nova cena começa com uma visão do santuário. Como começa o livro do Apocalipse? Começa com Cristo caminhando no meio dos sete candeeiros, e não podemos entender as igrejas sem entender o Apocalipse 1 onde Cristo caminha no meio dos sete candeeiros, os sete candeeiros representam as sete igrejas. A cena dos selos começam com uma visão de Cristo no santuário celestial, sentado no seu trono, você pode ver o candelabro, o altar de incenso em Apocalipse 4, e também Cordeiro imolado em Apocalipse 5. Não é possível entender os selos sem entender a visão introdutória do santuário.
As trombetas, começam em Apocalipse 8 com uma visão do santuário, com o altar de intercessão e com o incensário onde se encontra o sangue de Cristo, os méritos de Cristo misturado com o incenso.
Apocalipse 11 é cheio do santuário, porque começa e conclui dizendo que o santuário do céu foi aberto e se viu então a Arca da Aliança.
Não podemos entender as pragas sem o santuário. Porque as pragas saem do santuário.
Permita-me fazer uns parênteses para explicar como necessitamos entender as pragas a luz do santuário. E eu queria hoje falar de várias doutrinas que se encontram centradas no santuário e vamos procurar falar de algumas delas, para que vejamos a importância do santuário.
As pragas. Não podemos entender a razão das pragas se não pudermos entender a razão do santuário. Como assim? Você pode perguntar. Porque caem as pragas sobre os ímpios ao final da história? Sabem por quê? Porque os ímpios quebraram a lei do Senhor, violaram a lei de Deus. Como sabemos disso? Sabem de onde saem as pragas? As pragas saem da Arca da Aliança. O que estava dentro da Arca da Aliança? Os dez mandamentos. Se vocês lerem Apocalipse 15 vocês verão que as pragas são trazidas por anjos que saem de dentro do santuário celestial onde está a Arca da Aliança. E eles vem para trazer pragas por quê? Porque os homens violaram a lei de Deus.
Vamos um passo mais adiante, vocês se lembram no antigo testamento que uma vez a Arca da Aliança caiu nas mãos dos filisteus, mãos incircuncisas, mãos idólatras. E diz a bíblia que levaram a Arca, para suas cidades, mas não sabiam no que estavam se metendo. Porque levaram para sua cidade e aconteceu que coisas? Chagas, tumores surgiram no povo. Não é uma das pragas do apocalipse as chagas? Sim ou não? Sim. E levaram a outra cidade e tinha outra enfermidade, outra praga. E finalmente essas mãos incircuncisas que desobedeceram a lei de Deus, que tinham a lei de Deus no seu meio, mas a transgrediam e a desobedeciam e a desafiaram. Finalmente tiveram que se desfazer da arca.
De onde saem as pragas? Da arca. O que está na arca? A lei. As pragas caem sobre aquelas pessoas incircuncisas que pretendem ser cristãs, mas transgridem e desobedecem à lei de Deus, e especialmente qual dos dez mandamentos? O quarto mandamento que é o selo da santa lei de Deus.
Está vendo como as pragas não podem ser entendidas a luz do santuário de Deus. Não podemos entender o livro de apocalipse sem o santuário. Quando chegamos a Apocalipse 7 onde fala do selamento diz que aquela multidão serve a Deus onde? Dia e noite no seu santuário.
E em Apocalipse 21 e 22 quando desce a cidade diz que não havia santuário e diz que Jesus Cristo será o santuário na nova Jerusalém. Apocalipse 21:22 diz:
 22 
Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

Se nós não entendermos o santuário, não podemos entender o Apocalipse. Se não entendermos o santuário não podemos entender os Salmos. Porque os Salmos eram hinos que se cantavam no Santuário.
Por exemplo o Salmos 51:
 1 
Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.

 2 
Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.

Os israelitas cantavam estes salmos quando confessavam seus pecados no altar de sacrifício. E podemos entender muito mais este Salmo se o compreendermos desta perspectiva. Ou seja, estes Salmos eram hinos que se cantavam no santuário em diferentes partes do santuário, em diferentes épocas do ano.
Como podemos entender os Salmos que eram hinos se não entendermos porque eram cantados dentro do santuário. Estão entendendo?
O santuário toma no antigo testamento 25 capítulos de Êxodo e todo o livro de Levíticos, e se encontra referencias do santuário através de todo o Antigo Testamento e também no Novo Testamento.
Com razão a serva do Senhor disse como lemos no início, a compreensão correta do santuário é o fundamento de nossa fé. Porque o santuário tem o propósito de revelar o caminho para a salvação. E sabem algo, vamos estudar nesta série vários aspectos interessantes. Vamos nos dar conta que na história de Israel desde que saíram do Egito até que entraram em Canaã segue a ordem exata do santuário. O primeiro que fazem no Egito é sacrificar o cordeiro. São batizados no mar vermelho. Iluminados com a luz em suas viagens comendo o pão do céu. E quando pecam Moisés intercede no altar por eles. Estão entendendo? No Sinai ele revela sua lei, e estabelece o sacerdócio. Ou seja a história de Israel se entende avançando desde o átrio, ao lugar santo e ao lugar santíssimo.
Vamos encontrar que as festas judaicas seguem a exata ordem do santuário. A primeira festa era a páscoa. Onde se sacrificava o cordeiro, primeiro móvel. Logo vinha a festa das primícias que representava a ressureição de Cristo quando se fazia a colheita dos primeiros frutos, aqui o móvel é a pia, que vamos aprender que é o símbolo da ressurreição. E então vem o dia de pentecostes, que é a próxima festa, e no dia do pentecostes o que aconteceu? Grandes línguas de fogo desceu sobre os discípulos.
Não vou continuar porque acredito que vocês estão entendendo a perspectiva.
As festas judaicas seguiam a ordem do santuário, haviam basicamente três festas primaverais e três festas outonais. As primeiras três estavam relacionadas ao pátio, primeira com o altar de sacrifício, a segunda estava relacionado a pia, e a terceira festa estava relacionada ao lugar santo e as últimas três festas, as trombetas que anunciavam o dia da expiação, o dia da expiação e a festa dos tabernáculos são festas que se entendem a luz do lugar santíssimo.
O Êxodo de Cristo segue a ordem do santuário. Ele é sacrificado no altar, ressuscita na pia. Vai para o céu e provê pão para Sua igreja, luz, o Espirito Santo para sua igreja, no altar Ele intercede por Seu povo e desde de 1844 julga ao mundo no lugar santíssimo. Vejam que interessante.
Mas o santuário também representa a história da igreja cristã. Tem a ordem exata, começando pelo altar, depois a pia e então passo a passo pelo santuário, a história da igreja se ilustra desde de a entrada até o lugar santíssimo.
E nosso Êxodo pessoal segue a ordem do santuário. Primeiro aceitamos a Cristo, somos batizados e ressuscitamos para uma nova vida na pia. Comemos do pão para crescer, santificação. Oramos no altar de manhã e à noite, no culto vespertino e no culto matutino, interessante. E somos luzes de Cristo para o mundo, com nosso testemunho. Aqui estão os três meios de crescimento. O estudo da palavra, a oração e o testemunho que se encontra no candelabro.
E então finalmente quando crescemos e alcançamos o ponto onde Deus escreve Sua lei no nosso coração, na arca do nosso coração e então estaremos prontos para ser ceifados por Deus. Como é interessante.
Não podemos entender a história de Israel, a história de Cristo, a história da igreja ou a nossa história, a menos que vejamos da perspectiva do santuário de Deus.
Tudo isso vamos estudar nesta série de estudos.
Diga-se de passagem o ano de agricultura judaico também seguia a ordem do santuário, o plantio e as colheitas seguem a ordem exata do santuário. O que significa que não podemos entender como era a agricultura nos tempos bíblicos, a menos que entendamos o santuário, que representa a lei do plantio e da colheita.
O santuário é tudo, é um grande imã que reúne todas as doutrinas bíblicas. Toda a fé adventista se encontra no santuário. Não há uma só doutrina da igreja adventista que não se pode explicar na sua ordem correta e exata de acordo com todas as outras doutrinas senão da perspectiva do santuário de Deus.
Vocês querem um exemplo, o sábado. O sábado está no lugar santíssimo.
Reforma da saúde, o maná dentro da arca, através do qual Deus quis ensinar para as pessoas a comer uma dieta simples.
O estado dos mortos, de que só temos vida em Cristo e não em nós mesmos. Temos a vara, Jesus disse “Eu sou a videira e vocês são os ramos.” O que acontece com um ramo que não está ligado a videira, com a fonte de vida? Está morta. E como pode viver um ramo que está desligada, morta? Só pode viver não por ela, mas porque tem vida sobrenatural em Cristo Jesus.
O perdão dos pecados, no altar. O testemunho, no candelabro. O estudo da bíblia, na mesa dos pães. A oração, no altar de incenso. A lei, no lugar santíssimo. O dizimo, os sacerdotes eram pagos pelos dízimos para ministrar no santuário. As ofertas, também está ali.
O tabernáculo representava Cristo. O tabernáculo era bem feio por fora, a cortina externa do teto do santuário era de pele de focas que viviam no mar vermelho e este animal tinha uma pele marrom escura. E quando as pessoas viam o tabernáculo por fora diziam, que tabernáculo feio. Mas o que não sabiam é que toda a beleza do santuário estava por dentro, porque havia ouro e prata e pedras preciosas. Não havia aparência e beleza exterior mas havia beleza interna. Isso representa Cristo, que não tinha nenhuma beleza externa, a bíblia diz que não possuía nenhuma formosura para que o desejássemos. (Isaías 53:2).
Tinha uma roupa simples apenas. Não tinha onde descansar a cabeça. Diz a bíblia que dependia dos amigos para comer. Humilde e manso, e quando as pessoas o olhavam não viam nenhum atrativo.
O santuário também representa a nós. E vamos ver isso durante o estudo.
Como nós nos devemos nos vestir? Tinha ouro por fora do santuário? Tinha ostentação e prata por fora do santuário? Toda a beleza estava dentro. Por isso Pedro disse que nosso adorno não deve ser exterior mas deve ser interior em um espírito amável, cortes, carinhoso, como o de Cristo Jesus. (1 Pedro 3:3,4).
Poderíamos mencionar muitas outras coisas, mas todas as doutrinas da igreja Adventista se encontram explicadas na sua ordem correta em sua relação correta no santuário de Deus. Inclusive o milênio. O que acontecia no dia da expiação? O sumo-sacerdote colocava sua mão sobre a cabeça de Azazel que então era enviado ao deserto. Quando Cristo concluir Sua obra no santuário celestial colocará Suas mãos sobre satanás e o deixará no deserto deste mundo por mil anos.
Todas as doutrinas, você pode pegar qualquer uma que queira, pois estão explicadas no santuário.
O santuário é como um quebra-cabeças é como uma corrente, um elo que une toda a verdade da bíblia. E nos ensina como alcançar o céu. Porque o átrio ou pátio, representa a Terra e o templo em si representa o céu. E o santuário ilustra que o céu se alcança através desses passos:
Aceitando o sacrifício de Cristo.
Sendo batizados nas águas batismais e ressuscitando para uma nova vida que é a pia.
Comendo da palavra de Deus.
Orando diariamente, testemunhando por Cristo e colocando nossa vida de acordo com a norma de justiça de Deus. Sua Santa Lei.




Oremos:
Amado Pai celestial, graças te damos por Seu santuário, porque em Seu santuário podemos ver claramente Teu amor, Tua justiça, Tua santidade.  E Tu nos tem mostrado o caminho ao céu, o caminho para salvação. Quero pedir que durante este estudo nos ajude a compreender este maravilhoso edifício, não somente a compreender em nossa mente, mas que possa ser uma experiência pratica. Que decidamos dar estes passos através do santuário desde o momento que entramos pela porta que é Cristo, que cresçamos em graça e finalmente sermos achados sem repreensão diante do trono de Deus. Graças por ter estado conosco, graças por Sua luz, abençoe a todos, que alcancemos a salvação por meio de Graça de Jesus, te peço em nome e pelos méritos de nosso amável e precioso Cristo Jesus, amém.

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PASTOR STEPHEN BOHR
Apesar de ter nascido em Wisconsin, o pastor Stephen Bohr cresceu na Colômbia e na Venezuela, onde seus pais serviram como missionários.
Durante mais de trinta anos, ele tem atuado como um pastor, conselheiro da juventude, professor de teologia e evangelista. É reconhecido internacionalmente por sua série de apresentações de "Descobrindo os Mistérios do Gênesis."
No momento é pastor da Igreja Adventista Central, na cidade de Fresno, Califórnia, e é também diretor e orador dos Segredos selados (Secrets Unsealed), uma entidade sem fins lucrativos que se dedica na produção de material audiovisual sobre os principais ensinamentos da Bíblia.
Sua esposa, Aurora, é nativa da Colômbia. Eles têm um filho, Stephen e uma filha, Jennifer.
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Este estudo faz parte de uma série de palestras apresentada pelo Pr. Stephen Bohr, onde foi traduzido do espanhol para o português, para que mais pessoas que não tem facilidade de entender o espanhol possam ler, aprender e viver estas mensagens, como não sou nenhum tradutor e tão pouco domino bem o idioma espanhol, pode ser que haja falhas e erros de traduções, mas que não atrapalham a bela pregação e a mensagem a ser trazida até nós. Tanto quanto foi possível foi mantida de forma fiel as palavras do pastor, podendo haver algumas mudanças apenas para dar maior sentido no nosso idioma.
Espero que sirva de grande inspiração para todos.

Traduzido por: Raphael dos Santos Oliveira.
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